22.11.11

CaNsADa




Diga-me o que quer ouvir
Algo que agradará os seus ouvidos
Cansado de toda esta insinceridade
Então abrirei mão de todos os meus segredos
Dessa vez Não preciso de outra mentira perfeita
Não me preocupo se as críticas nunca aparecem de uma só vez
Eu estou me desfazendo de todos os meus segredos







29.10.11




Quanto custa sua amizade???




Uma mentira inventada? Ou uma calúnia mal dita!?




Talvez amizade resista ao tempo quando mantida a distâcia.










e eu que pensei que fosse amizade!

































23.10.11

PAssei a vida intEira a querer iNterpretar-te – oh! deLicioso desperDício! – e Nem sequEr era por aMor





E lá vai ela mais uma vez, levantar, sacudir a poeira e seguir novamente.
Seus olhos eram de ressaca.....
Trazia um gosto amargo na boca, uma decepção na garganta....
uma poeira no coração!
mas tinha uma alavanca na alma....
dessas que a colocavam sempre pra cima, no topo, de pé...
pé ... pedestal!
E de lá jurou nunca mais sair!
Virou musa, busto, inspiração......
Virou ela!
O avesso do avesso0!







18.8.11



Vez em quando, saia rua a fora, sem destino,
apenas testando a própria sensatez.
E a tinha, tanta que antes de desatinar-se em amores, afogava-se em razão.
Era perturbador, mas amava quem era.
Cheia de linhas congruentes, enquanto as palavras passavam em transversais.
Tudo torto e (ir)racional.












3.8.11



Hoje acordei meio assim, Charles Bukowski.
Meio que odio, meio que nada.
Tão 'sentir', nada pensar.
Acordei meio que à toa,
meio que tudo.
Simplesmente acordei!
... e isso basta!!!!










Não, eu não odeio as pessoas. Só prefiro quando elas não estão por perto.












Sentia-me contente por não estar apaixonado,
por não estar contente com o mundo.
Gosto de estar em desacordo com tudo.
As pessoas apaixonadas tornam-se muitas vezes susceptíveis, perigosas.
Perdem o sentido da realidade.
Perdem o sentido de humor.
Tornam-se nervosas,psicóticas, chatas.
Tornam-se, mesmo, assassinas.









Cheguei numa fase da minha vida que vejo
que a única coisa que fiz até agora foi fugir,
fugir de mim mesmo,
do meu nada,
e agora não tenho mais para onde ir,
nem sei o que vou fazer,
fui péssimo em tudo.







Sabia que tinha alguma coisa fora do lugar em mim.
Eu era uma soma de todos os erros:
bebia, era preguiçoso, não tinha um deus, idéias, ideais,
nem me preocupava com política.
Eu estava ancorado no nada, uma espécie de não-ser.
E aceitava isso.










2.8.11

SUGESTÕES PARA ATRAVESSAR AGOSTO


Para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro- e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco.É preciso quem sabe ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente ah!, escrever tanto de tanto de mil novecentos e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante:ir, sobretudo, em frente.
Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir,dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto: se bons, deixam a vontade impossível de morar neles, se maus,
fica a suspeita de sinistros angúrios , premonições.Armazenar víveres, como às vésperas de um furacão anunciado, mas víveres espirituais, intelectuais, e sem muito critério de qualidade. Muitos vídeos de chanchadas da Atlântida a Bergman; muitos CDs, de Mozart a Sula Miranda; muitos livros, de Nietzche a Sidney Sheldon. Controle remoto na mão e dezenas de canais a cabo ajudam bem:qualquer problema , real ou não, dê um zap na telinha e filosoficamente considere, vagamente onipotente, que isso também passará. Zaps mentais, emocionais, psicológicos, não só eletrônicos, são fundamentais para atravessar agostos. Claro que falo em agostos burgueses, de médio ou alto poder aquisitivo. Não me critiquem por isso, angústias agostianas são mesmo coisa de gente assim, meio fresca que nem nós. Para quem toma trem de subúrbio às cinco da manhã todo dia, pouca diferença faz abril, dezembro ou, justamente, agosto. Angústia agostiana é coisa cultural, sim. E econômica. Mas pobres ou ricos, há conselhos- ou precauções-úteis a todos. O mais difícil:evitar a cara de Fernando Henrique Cardoso em foto ou vídeo, sobretudo se estiver se pavoneando com um daqueles chapéus de desfile a fantasia categoria originalidade...Esquecê-lo tão
completamente quanto possível(santo ZAP!):FHC agrava agosto, e isso é tão grave que vou mudar de assunto já.
Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se avida não deu, ou ele partiu- sem o menor pudor, invente um.Pode ser Natália Lage, Antonio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o
seu dentista. emoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros,
juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados.
Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se , e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques-tudo isso ajuda a atravessar agosto. Controlar o excesso de informações para que as desgraças sociais ou pessoais não dêem a impressão de serem maiores do que são. Esquecer o Zaire , a ex-Iugoslávia, passar por cima das páginas policiais. Aprender decoração, jardinagem, ikebana, a arte das bandejas de asas de borboletas- coisas assim são eficientíssimas, pouco me
importa ser acusado de alienação. É isso mesmo, evasão, escapismos, explícitos.
Mas para atravessar agosto, pensei agora, é preciso principalmente nãose deter de mais no tema. Mudar de assunto,digitar rápido o ponto final, sinto muito perdoe o mau jeito, assim, veja, bruto e seco:.

31.7.11



Assim era ela…

sem pontos finais mas cheia de segredos…

pulando de reticências em reticências…

-três pontos que se seguiam num aventurar-se sem medo.










Benditas sejam todas as paixões , as desvairadas, as desenfreadas, as inconsequentes paixões. Benditas as mãos a tremer, os dedos nervosos a suar.
A inquietação dos minutos rápidos e dos segundos lentos.
Esse sentimento bom, angustia ruim. O pulso a acelerar , o congelar do ventre…o viver intensamente.

Precisamos de paixão…só é assim é que nos sentimos vivos.

Seja platônica, real, idealizada,carnal, possível.

Algo que nos desperte apetites vorazes , que nos aumente a fome de viver.

Bom mesmo é poder colher paixões é só então comê-las de colher, como um doce de leite…lambuzar-mos dos ossos á alma e jamais sairmos ilesos.










Sou antes uma exaltada,

com uma alma intensa, violenta, atormentada, ]

uma alma que não se sente bem onde está,

que tem saudade.

sei lá de quê!









“Quando eu morrer voltarei para buscar

Os instantes que não vivi junto do mar”




















Algumas pessoas são como o vento,

na hora da tempestade só chega pra destruir.














“Ela tem em si água e deserto,
povoamento e ermo, fartura e carência,
medo e desafio.
Tem em si a eloqüência e a absurda mudez,
a surpresa e a antigüidade, o requinte e a rudeza.”








“Ela estava feliz.

Feliz como nem ela sabia que poderia ser.

Feliz até arder. Até transbordar.

Naquela manhã. Naquele dia. Naquele momento.

O que é bem melhor que pra sempre.

Agora ela podia entender.”













“Calma.

É só se manter longe.

Longe, bem longe.

Que longe nada afeta.

Ou quase nada.”


















Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa.
Alguma segurança.
Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força.
Mas a sensação de estar sozinho não me larga.
Algumas paranóias, mas nada de grave.
O que incomoda é esta fragilidade.