16.6.11







Não sou boa guardadora das coisas da vida.
O que sinto e penso criam asas.
Ainda não descobri gaiolas que possam aprisionar minhas palavras.
Também não guardo mágoas e ressentimentos,
é como roupa encardida, puída, que a gente cansa de usar.
Me serviram durante um tempo, mas, muito tempo é tempo demais.
E a gente joga a preguiça fora, arruma a casa para receber a visita da serenidade,
dá uma faxina na alma.Não porque somos bonzinhos e evoluidos,
mas porque somos persistentes, sobreviventes,
desapegados de tranqueira que ocupam espaço inutilmente.

- Renata Fagundes -


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